quinta-feira, 29 de abril de 2010

Quem sabe faz a hora – Parte V: conheça o pligus Room

Quem sabe faz a hora – Parte V: conheça o pligus Room: "

pligusUma das etapas mais prazerosas no processo de produção da Revista Webdesign envolve a troca de ideias com a nossa comunidade e o envio dos mais diversos tipos de sugestões de pauta.


A mais recente delas apresentava a startup carioca pligus, que desenvolveu um serviço de comunicação e colaboração on-line em tempo real. Batizado de pligus Room, ele roda diretamente no navegador do usuário e já conta com a participação de mais de 900 usuários, espalhados por 60 países.


Diante da indicação, resolvemos conversar com Gustavo Scanferla, fundador da pligus, que conta um pouco da história deste projeto. Além do bate-papo, temos uma boa notícia: quem deixar um comentário neste post, indicando bons exemplos de startups brasileiras, estará concorrendo a convites para testar o pligus Room. Boa leitura e participe!


Wd :: Como surgiu a ideia de criar o pligus e quais são os seus objetivos?


Gustavo :: A idéia surgiu tem quase três anos. Portanto, ela evoluiu bastante nesse tempo. Mas já em 2007, a ideia era criar um site onde um grupo de pessoas pudesse ligar a webcam e o microfone ao mesmo tempo (coisa que praticamente não existia) e aproveitar que as pessoas estivessem reunidas para fazerem outras atividades em tempo real – colaboração remota -, que também não era nada comum.


O objetivo do serviço é facilitar a vida da pessoa que trabalha, de uma forma ou de outra, em equipe. Usar o pligus evita que grande parte das viagens ou locomoções seja feita para tomar decisões ou avançar um projeto, ou seja, é uma boa economia de dinheiro e tempo. Possibilita também que os funcionários trabalhem de onde quer que estejam, a qualquer hora (trabalho remoto, home office, viagem etc.).


Também é uma forma de ganhar dinheiro (diretamente) para pessoas que trabalham com treinamentos, consultorias, palestras ou e-learning, já que facilitaria e expandiria as possibilidades do trabalho delas.


Além disso, pude observar, nesse tempo, pessoas usando o pligus simplesmente para se divertir desenhando junto, conversando, mostrando fotos… E até fiquei sabendo que uma autora de livros se reuniu com os fãs dela para uma conversa no pligus. O mesmo ocorreu com um autor de tirinhas bem popular. Há também possibilidades para mesas-redondas, debates, fora as outras possibilidades que ainda não descobri!


Wd :: Quais recursos/investimentos foram necessários para colocá-lo no ar?


Gustavo :: O maior investimento foi no tempo: tempo para aprender a fazer tudo que precisaria ser feito, do zero. Como aprendi pela web, não gastei dinheiro com isso. Tempo também para o desenvolvimento todo. Investimento também em paciência e determinação já que foi um longo tempo.


Pude contar também com o apoio do meu pai, que me deu de presente (comprou) alguns trechos de código que precisavam de licença comercial, já que obviamente eu não pretendia reinventar a roda!


Tais “presentes” não foram tão caros, mas foram de extrema importância para o pligus. Não pude comprar eu mesmo, pois me dediquei ao pligus desde o início, pegando apenas dois estágios (sou estudante de publicidade) que somaram cinco meses ao todo. Não tinha dinheiro de trabalho antes, pois não havia trabalhado, já que comecei o pligus com 17 anos. De recurso, tem eu (recurso humano) e o escritório aqui da minha casa.


Wd :: Quais foram os conceitos e as tecnologias utilizadas para a criação e o desenvolvimento do pligus?


Gustavo :: O Ruby on Rails facilitou demais o processo de desenvolvimento. Fiquei um bom tempo até escolher qual programação iria usar – e não me arrependi. O Adobe Flex (responsável pela Room em si) é ideal, pois é uma tecnologia feita com os aplicativos on-line em mente.


Wd :: Quais diferenciais você acredita que podem torná-lo reconhecido pelo mercado?


Gustavo :: Essa integração bem feita entre uma comunicação completa: onde todos os presentes podem usar áudio, vídeo e texto. E uma colaboração produtiva com recursos que não se vê por aí e que vão melhorar cada vez mais.


O atendimento aos usuários também é um diferencial importantíssimo. O objetivo é ser o mais rápido, pessoal e esclarecedor possível. O preço também será um bom diferencial, já que as pessoas pagarão menos por um serviço melhor.


Fora o diferencial de ter sido feito apenas por uma pessoa. Quase todos os concorrentes contam com equipes de 60 a 80 pessoas em média (muitas delas PhDs), trabalhando “full time”, com um ótimo salário e investimentos enormes (exemplo: Google, Adobe, Cisco). Ou seja: quando tiverem mais pessoas trabalhando, acredito que o pligus irá se destacar ainda mais. Com investimento então, melhor ainda.


Wd :: Que tipo de retorno você espera ter como este projeto?


Gustavo :: Um retorno que viabilize a consolidação da empresa pligus, possibilitando tanto a melhoria desse serviço atual (Room) como a criação de outros que acredito que possam ter um potencial ainda maior.


Outros destaques desta série:


- Quem sabe faz a hora – Parte IV: tu-dus


- Quem sabe faz a hora – Parte III: Ortografa


- Quem sabe faz a hora – Parte II: Zuinn


- Quem sabe faz a hora – Parte I: Logolícia


Observação:

Lembramos que a proposta desta série é ir além de entrevistas sobre novos projetos na web nacional. Após a publicação de cada uma delas, pedimos que vocês postem seus comentários e suas dúvidas para que este bate-papo virtual continue e assim possamos conhecer mais sobre o que se passa pela cabeça dos empreendedores digitais brasileiros. Além disso, não deixem de enviar sugestões para os próximos projetos que vocês gostariam de ver analisados neste espaço. Participe!

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