quinta-feira, 29 de abril de 2010

Artigo: Navegando no mar da educação

Artigo: Navegando no mar da educação: "

André BonnanoE-learning, LMS, SCORM, ADL… Estes são termos que têm ganhado grande destaque no meio acadêmico e corporativo, onde cada vez mais cresce a preocupação com a capacitação e compartilhamento de conhecimento.


Isso se confirma com pesquisas como a da Global Industry Analysts (GIA), que indica um investimento no mercado global de cerca de 52 bilhões de dólares até o final de 2010.


Assim, primeiro vamos entender o que é o e-learning. Tudo começou no início da década de 90, quando as mídias eletrônicas começaram a ser utilizadas no auxílio da aprendizagem, alavancado pela criação do CD-Room e softwares para apresentação.


Já na segunda metade da década, com o surgimento do e-mail, browser, HTML, streaming de áudio e vídeo, esses processos foram sendo aperfeiçoados e a utilização de meios eletrônicos (multimídias) para o auxílio da aprendizagem começou a ser vista com outros olhos.


Mas foi a partir de 2000 que o e-learning começou a tomar a forma do que conhecemos hoje. Fatores como o acesso à internet de alta velocidade, as novas tecnologias e o aperfeiçoamento dos designers de web trouxeram uma grande revolução ao mercado do ensino.


No Brasil, a grande maioria do material de e-learning, como CD-Roms e materiais de apoio, vinha de fora e era aplicado sem nenhum tipo de gestão educacional dos profissionais entendidos da área. Seu principal uso era das equipes de vendas, que buscavam informações sobre seus produtos para potencializar seus negócios.


Porém, o grande “boom” se deu com o surgimento dos cursos on-line e a preocupação das empresas em capacitar profissionalmente seus colaboradores, não só de vendas, mas de todas as áreas.


Hoje, não só as empresas, mas também professores e entidades de ensino, utilizam o e-learning como forma de auxílio na aprendizagem, disponibilizando meios on-line como portais, fóruns, cursos e até mesmo avaliações para – ao mesmo tempo – ensinar, compartilhar e analisar o nível de conhecimento e aprendizagem de seus colaboradores ou alunos. Algumas grandes empresas, inclusive, já começaram a integrar estes meios de capacitação com o plano de carreira de seus funcionários.


Existem no mercado softwares específicos para a gestão de capacitação e aprendizagem, chamados de LMS’s (Learning Management System – Sistema de Gestão de Aprendizado), onde por meio de um login e senha, todas as interações que o usuário faz com o portal são registradas, tais como cursos, resposta a enquetes, provas e certificações, e, através da análise desses registros, é possível obter dados efetivos sobre o seu desenvolvimento capacitacional.


Um dos LMS’s mais conhecidos atualmente é o “moodle“, utilizado por universidades como Mackenzie, e que está disponível para qualquer pessoa que queira utilizá-lo.


Interface do Moodle


Estas plataformas (LMS’s) utilizam um padrão chamado SCORM (Shrable Content Object Reference Model – Modelo de referência de objetos de conteúdo compartilhados), que é atualmente o mais usado para normatizar o segmento.


No próximo artigo, irei explicar mais sobre o SCORM e como utilizá-lo para gerar conteúdo para um LMS.


Por André Bonnano

Designer, fotógrafo e apaixonado pelas artes, atuante no mercado desde 1995, entrou para o mundo do e-learning quando ele ainda estava engatinhando e foi quando teve a oportunidade de aplicar seu conhecimento e criatividade a uma área ainda pouco explorada no Brasil. Atualmente, é diretor da empresa Magic Mind, especializada em e-learning (plataformas e conteúdos) e pioneira no que se diz respeito à mobile learning e aplicação de novos conceitos em aprendizagem.

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